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Thomas Cochrane, 10.º Conde de Dundonald e Marquês do Maranhão GCB ODM IOC GCMC (Annsfield, 14 de dezembro de 1775 – Londres, 31 de outubro de 1860) foi um oficial naval e político britânico que desempenhou um papel importante nas histórias militares do Reino Unido, Chile, Brasil e Grécia. Filho de um aristocrata escocês, Cochrane entrou na Marinha Real Britânica ainda jovem e destacou-se rapidamente como um bom navegador e estrategista. Seu primeiro comando foi o brigue HMS Speedy, com que Cochrane conseguiu capturar mais de cinquenta navios inimigos durante as Guerras Napoleônicas, mais notavelmente a fragata espanhola El Gamo. Em seguida ele comandou o HMS Arab, HMS Pallas e HMS Imperieuse, atacando guarnições costeiras francesas e espanholas e capturando navios inimigos ancorados. Ele também participou da política, sendo eleito para a Câmara dos Comuns defendendo combate contra a corrupção e reformas parlamentares e no Almirantado.
Cochrane acabou expulso do parlamento e degradado da marinha em 1814 após acusações de fraude na Bolsa de Valores de Londres, sendo depois multado e preso. Ele, mesmo assim, conseguiu ser reeleito e tentou continuar sua carreira política, porém foi alvo de ataques e rumores por parte de seus oponentes. Libertado, Cochrane aceitou a proposta dos patriotas chilenos para organizar e comandar sua marinha. Ele chegou a Valparaíso em novembro de 1818, retomando sua guerra costeira e conseguindo em fevereiro de 1820 capturar a cidade de Valdivia. Em seguida Cochrane participou de uma expedição para libertar o Peru, auxiliando José de San Martín a declarar a independência do país. Entretanto, sua personalidade forte entrou em conflito com políticos chilenos e assim ele foi para o serviço do imperador D. Pedro I do Brasil em 1823, comandando a Armada Imperial Brasileira na Guerra da Independência do Brasil e na Confederação do Equador.
Cochrane voltou para o Reino Unido em 1825, porém logo foi contatado pela Grécia, que também tentava alcançar sua independência. Ele assumiu um papel ativo na campanha militar e foi essencial na construção e entrega do Karteria, o primeiro navio de guerra a vapor do mar Mediterrâneo, entretanto seus sucessos foram poucos e Cochrane acabou culpado pelo fracasso grego na Batalha de Falero. Ele renunciou seu posto ao final do confronto e voltou para o Reino Unido, onde recebeu o perdão do rei Guilherme IV e foi capaz de retornar à Marinha Real como contra-almirante. Cochrane herdou o título de Conde de Dundonald e passou a concentrar seu tempo em pesquisas científicas para aplicação marítima, raramente servindo a bordo de um navio. Sua saúde começou a piorar no final de sua vida, morrendo aos 84 anos de idade durante uma cirurgia de cálculo renal.